Santa Mônica e Santo Agostinho
Celebraremos nos dias 27 e 28 consecutivamente, a festa de Santa Mônica e de Santo Agostinho (bispo e doutor da Igreja), mãe e filho que foram elevados à glória dos altares. Conheçamos um pouco mais da história destes grandes Santos.
Santa Mônica nasceu numa família católica e teve boa educação. Sujeitou-se perfeitamente a seu marido, sofrendo mau proceder e maus tratos com paciência, que servia de exemplo a outras mulheres, e ela o ganhou a Deus no fim da vida. Possuía um talento particular em unir as pessoas divididas. Depois que enviuvou, deu-se às obras de piedade; fazia grandes esmolas e servia os pobres.
Mônica jamais deixava de levar sua oferta ao altar, nem de ir duas vezes à igreja, pela manhã e à noite, para ouvir a Palavra de Deus e fazer as orações, que eram toda sua vida. Deus comunicava-se a ela por visões; sabia distinguir sonhos e pensamentos naturais. Assim era Santa Mônica.
Seu filho, Agostinho, jovem de grande inteligência, estudou na Universidade de Cartago, onde aprendeu doutrinas totalmente contrárias à cristã e entregou-se à libertinagem. Quando Santa Mônica soube da vida que Agostinho levava, mais aflita do que se o tivesse visto morto, passou a rezar por sua conversão.
Aos 29 anos, Agostinho foi ensinar retórica em Roma. Foi contra a vontade de sua mãe. Ele a enganou dizendo que iria acompanhar um amigo até o porto. Lá morava em casa de um maniqueu. Depois foi a Milão, no ano 384, tendo trinta anos de idade. Ai conheceu Santo Ambrósio.
A princípio, não prestava atenção às coisas que dizia o Santo; mas, insensivelmente, as coisas entravam-lhe no espírito com as palavras, e viu que a doutrina católica era pelo menos sustentável. Resolveu então, de repente, deixar os maniqueus e ficar na qualidade de catecúmeno na Igreja Católica.
Santa Mônica foi procurá-lo. Ela não ficou admirada quando ele disse que ainda não era católico, tinha certeza de o ver cristão antes de sair desta vida, e continuava suas orações.
Santo Agostinho foi batizado por Santo Ambrósio na Vigília da Páscoa daquele ano.
Um dia, Santo Agostinho e sua mãe, apoiados a uma janela com extrema doçura, esquecendo todo o passado e levando os pensamentos para o futuro, indagaram qual seria a vida eterna dos santos. Então sua mãe disse: Meu filho! Quanto ao que me concerne, não tenho mais nenhum prazer nesta vida. Não sei o que ainda faço aqui agora, nem porque cá estou. A única coisa que me fazia desejar ficar aqui era ver-vos um cristão católico antes de morrer. Deus me concedeu mais do que isso, eu vos vejo consagrado a seu serviço, tendo desprezado a felicidade terrestre.
Cinco dias após essa conversa, Mônica ficou doente com febre. Ela morreu no nono dia da doença, com cinquenta e seis anos e aos trinta e três de Santo Agostinho, no mesmo ano de seu batismo, 387.
Santo Agostinho voltou de Óstia para Roma, onde trabalhou para a conversão dos maniqueus escrevendo dois livros: Da Moral e dos Costumes, da Igreja Católica; e, Da Moral e dos Costumes dos maniqueus.
Santo Agostinho viveu setenta e seis anos, sendo quarenta na qualidade de padre e de bispo. Faleceu em 28 de agosto de 430 na cidade de Hipona.
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