Não tomar o Santo Nome de Deus em vão
Caríssimos Leitores,
Salve Maria!
Dando continuação aos posts que tratam sobre o Decálogo, abordaremos hoje o segundo mandamento:
Segundo Mandamento
Não tomar o Santo Nome de Deus em vão
Existe um estreito vínculo entre uma pessoa e o seu nome, semelhante à relação que há entre um país e seu embaixador: honra ou desrespeita a nação por ele representada, quem lhe presta homenagem ou o insulta. Quando pronunciamos o Nome de Deus, não devemos pensar em um simples termo, mas sim no Ser Absoluto, Uno e Trino, que governa o Universo.
No Antigo Testamento, Deus disse ao povo de Israel: “Não pronunciarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não deixará sem castigo quem pronunciar seu nome em vão” (Ex 20,7). Os hebreus não podiam, por este motivo, pronunciar o Nome de Deus. Assim, quando a Ele se dirigiam, faziam-no utilizando a palavra Adonai (Senhor), a qual substituía o Nome sagrado revelado por Deus a Moisés: “Yahvé, Eu sou” (Ex 3,14).
No Novo Testamento, o Verbo de Deus, assumindo nossa natureza, deu-nos a conhecer o seu Nome: Jesus, que significa “Yahvé salva” (Cf. CIC,2666). Deus assumiu um nome, ao fazer-se carne no seio da Virgem Maria: “O anjo disse-lhe: […] ‘darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo’” (Lc 1,30-32). A invocação do Nome de Jesus traz-nos a sua presença: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles” (Mt 18,20); obtém-nos do Pai tudo o que por intermédio d’Ele pedimos (Cf. Jo 15,16) e foi em seu Nome que se operaram todos os milagres (Cf. Mc 16,17-18). Somos batizados em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Cf. Mt 28,19) e, por isso devemos empregar todas as nossas forças, a fim de alcançar o que Ele mesmo nos ensinou a pedir: “Santificado seja o vosso Nome” (Mt. 6,9), pois “não há, debaixo do céu, outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (At 4,12), além do Nome de Jesus.
As principais Virtudes requeridas para a prática deste mandamento são as Teologais e, em especial a da Religião, virtude pela qual prestamos culto, veneramos e invocamos o Nome de Deus, por meio dos atos de louvor (manifestação exterior do fervor interior), voto (promessa deliberada feita a Deus) e juramento (invocação de seu Nome como testemunha da verdade). (Cf. Royo Marín, 2007, p. 364-366, 375)
Os pecados que violam este Mandamento voltam-se contra a Religião:
· Desrespeito ao Nome de Deus (usá-lo com leviandade);
· Juramentos vãos ou falsos;
· Transgressão dos votos ou promessas;
· Imprecação (palavra de maldição);
· Blasfêmia (palavra injuriosa a Deus).
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