Um convite do Céu


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“Naquele tempo, 1 Jesus voltou a falar em parábolas aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, 2 dizendo: ‘O Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. 3 E mandou os seus empregados chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram vir. 4 O rei mandou outros empregados, dizendo: ‘Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!’. 5 Mas os convidados o desprezaram: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, 6 outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram. 7 O rei ficou indignado e mandou suas tropas, para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles. 8 Em seguida, o rei disse aos empregados: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. 9 Portanto, ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes’. 10 Então os empregados saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados. 11 Quando o rei entrou para ver os convidados observou ali um homem que não estava usando traje de festa 12 e perguntou-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa?’. Mas o homem nada respondeu. 13 Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrai os pés e as mãos desse homem e jogai-o fora, na escuridão! Ali haverá choro e ranger de dentes’. 14 Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos'” (Mt 22, 1-14).

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Todos são chamados a fazer parte do banquete espiritual e receber o Rei eterno com a veste própria da festa nupcial. Pois “Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (I Tim 2, 4), ensina o Apóstolo. Entretanto, poucos são os escolhidos.

Nosso Senhor morreu na Cruz para abrir a todos os homens as portas do Reino dos Céus. Mas, infelizmente, nem todos aceitam o convite.

O chamado feito por Jesus nesta rica parábola continua ecoando hoje nas encruzilhadas dos caminhos, para os bons e para os maus, conclamando a uma atitude de retidão e vigilância. Porém, jamais poderemos estar com a alma inteiramente pronta na expectativa da grande festa que vai se dar sem praticarmos a virtude teologal da Esperança, tão importante quanto as da caridade e da fé.

Nascemos para a eternidade e devemos ter os olhos postos nesse último objetivo que é o Céu. Mas, o homem vive no tempo. Deus, então, para alimentar nossa Esperança nesta vida nos coloca diante de perspectivas mais ou menos próximas, que remetem depois para a eternidade.

De fato, hoje a Providência quer que vivamos em função da esperança do banquete para o qual Deus vem atraindo insistentemente a humanidade: o triunfo do Imaculado Coração de Maria predito em Fátima. Como será possível transformar nossa atual quadra histórica, tão afastada de Deus, no esplendor do Reino de Maria em que, segundo o grande São Luís Maria Grignion de Montfort, “as almas respirarão Maria como o corpo respira o ar?”.20 Sem dúvida, pela oração e pela penitência, tão reiteradas vezes pedidas por Nossa Senhora, há de se operar uma verdadeira mudança dos corações.

Assim como por ocasião da festa do casamento do Filho de Deus com a humanidade, em relação ao banquete do Reino de Maria não podemos alegar as ocupações que nos prendem ao mundo. E muito menos agredir a quem no-lo anuncia, neste caso, a própria Santíssima Virgem, que em Fátima nos chamou a seguir seus caminhos. Temos de aceitar essa solicitação que, mais do que um simples convite, é uma imposição, porque vem de Alguém infinitamente superior a qualquer rei da Antiguidade, o próprio Deus.Entretanto, não devemos imaginar que tal renovação possa se efetuar num ato instantâneo, mas sim processivamente, por onde, quer as almas inocentes, quer aquelas que recebem, por especial graça, a restauração da inocência perdida, vão aos poucos constituindo uma nova era.

Estejamos sempre atentos à Palavra de Deus que nos convida ao banquete, e prestemos ouvidos à voz da consciência a nos advertir interiormente, a fim de não mancharmos a bela veste nupcial da vida da graça, para podermos entrar no festim eterno da visão beatífica onde, juntamente com Maria Santíssima, o próprio Deus será a nossa recompensa demasiadamente grande (cf. Gn 15,1).

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www.joaocladias.org.br

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